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Beatriz Costa

Pseudónimo de Beatriz da Conceição, nasceu em Mafra, a 14 de Dezembro de 1907. Estreou-se no teatro aos 15 anos, na revista "Chá e Torradas" (1923), no Teatro Éden. No ano seguinte, actua no Teatro Maria Vitória e ingressa na companhia do Teatro Avenida estreando-se no Rio de Janeiro. De regresso a Lisboa (1925) participa da peça "Ditosa Pátria" no Teatro da Trindade e, em Agosto, faz a sua primeira apresentação no Teatro Sá da Bandeira, no Porto. Passa pelos teatros Éden, Maria Vitória Apolo e Trindade, em várias revistas de sucesso, como a famosa revista "Pó de Maio". Segue-se uma segunda digressão ao Brasil em 1929, com as mais efusivas manifestações e uma proposta de Procópio Ferreira para ficar no país. Ela nega, e volta a Portugal para participar em mais alguns êxitos como "A Bola", "Pato Marreco", "O Mexilhão" e, especialmente, "Arre Burro", já em 1936. Estreia-se no cinema nos fins da década de 1920, em papéis episódicos de filmes de Rino Lupo, como "Fátima Milagrosa". Em 1930, participa no filme "Lisboa, Crónica Anedótica", de Leitão de Barros. Nesse mesmo ano, na visita de Ressano Garcia, gerente da Paramount em Lisboa, a actriz recebe um contrato, muito vantajoso, para ser a protagonista do filme "A Minha Noite de Núpcias", o terceiro fonofilme em língua portuguesa, a ser rodado em França. Mas só irá alcançar a consagração com o filme "A Canção de Lisboa", em 1933, onde contracenou com António Silva e Vasco Santana. Graças a ele, viria a ser considerada a princesa do cinema português. Dois anos depois, em 1939, protagoniza "A Aldeia da Roupa Branca", de Chianca de Garcia, dando vida àquele que seria o seu último filme. Entre 1939 e 1949, a actriz instala-se no Brasil para actuar no Casino da Urca, no Rio de Janeiro. Desde 1927 que usava uma icónica franja no cabelo, que irá manter até ao fim da vida e que irá ser uma imagem de marca da actriz. Em 1947, casa-se com o poeta, escritor e artista Edmundo Gregorian, divorciando-se dois anos mais tarde e regressando a Lisboa, onde volta ao Teatro Avenida para a revista "Ela aí Está!". E estava. De volta à pátria e a fazer sucesso atrás de sucesso. Porém, em 1960, a decadência gradual do teatro de revista, que muito viria a denunciar mais tarde, levou-a a despedir-se dos palcos com "Está Bonita a Brincadeira". Não voltaria mais a representar, apesar dos inúmeros convites através das décadas seguintes. Passou os anos seguintes a viajar por todo o mundo, em festivais de teatro onde conheceu personalidades como Salvador Dali, Pablo Picasso, Sophia Loren, Greta Garbo, Edith Piaf ou o rei Hassan II de Marrocos. Rica e prestigiada, instalou-se no Hotel Tivoli, em Lisboa, fazendo dele a sua casa definitiva. A partir da década de 1970, irá dedicar-se à escrita das suas memórias. Beatriz Costa morreu na manhã de 15 de Abril de 1996, aos 88 anos, no seu quarto do 6º andar do Hotel Tivoli, em Lisboa. Era já um símbolo da cultura, do teatro e do cinema português. Está sepultada no cemitério da Malveira, numa sepultura simples, cumprindo o seu último desejo. Em 2007, por ocasião dos 100 anos do seu nascimento, o Museu Municipal Raul de Almeida, de Mafra, assinalou a data com uma exposição comemorativa, existindo ainda neste concelho o Cine-Teatro Beatriz Costa e o Museu Popular Beatriz Costa, na Malveira.

Conhecido por: Acting

Aniversário: 1907-12-14

Local de Nascimento: Mafra, Portugal

Também Conhecido Como: Beatriz da Conceição

Beatriz Costa